15 de outubro de 2011

Mulheres traem e colocam a culpa nos homens, diz pesquisa


Quando o assunto é traição a polêmica é inevitável. Entre os que pensam que uma atitude dessas não é digna de perdão há sempre os que aceitariam dar uma segunda chance. Pesquisa realizada com 1.279 pessoas da classe média do Rio de Janeiro mostrou que a principal justificativa para a traição feminina é a insatisfação com o parceiro. A autora do estudo é a antropóloga Mirian Goldenberg, autora de vários livros sobre o assunto, entre eles "Por que homens e mulheres traem?".

De acordo com os dados levantados pela especialista, quase a totalidade das mulheres entrevistadas atribuem a culpa ao homem dizendo que faltava amor, romance e atenção. Algumas alegaram ainda vingança e melhora da auto-estima. As respostas dos homens foram completamente diferentes. Simplesmente disseram que traem por instinto, atração física e vocação.

Diante da pergunta "Se você traísse contaria ao seu parceiro/a?", a resposta foi de que apenas 47% das mulheres teriam coragem de assumir que foram infiéis, enquanto que 60% dos homens declarariam a traição. "Para as mulheres a falta de intimidade emocional com os parceiros é uma das maiores barreiras para que elas assumam uma traição, já para os homens seria a falta de compreensão por parte das parceiras", disse a antropóloga.

E quando se fala em perdão os homens são os mais durões. A pesquisa mostrou que apenas 40% deles disseram que perdoariam a parceira numa situação hipotética de traição. Já 80% das mulheres aceitariam seus parceiros de volta. "Essa dureza masculina se deve ao fato de que para os homens a pior situação que existe é se passar por corno", afirma Mirian.

Segundo dados do IBGE um índice de 71% das separações solicitadas por mulheres são motivadas por traição masculina. "Todos esses dados só nos mostram que em relação à infidelidade ainda há um privilégio masculino, já que ele é o único que se percebe e é percebido como sujeito da traição. Enquanto a mulher, mesmo quando trai, continua se percebendo como uma vítima", conclui a antropóloga.



Fonte: Terra